quarta-feira, 5 de maio de 2010

dia 7 de Maio
21:30h. - Moagem

Juno de Jason Reitman, EUA, 92 min. M12

Género: Comédia/Drama

Intérpretes: Ellen Page, Michael Cera, Jennifer Garner, Jason Bateman, Allison Janney

Sinopse: O filme relata a história de uma adolescente de 16 anos - Juno MacGuff (Ellen Page) - que, após descobrir estar grávida de 9 semanas de Paulie Bleeker (Michael Cera), um colega de liceu, pondera várias soluções à sua situação. A princípio ela opta pelo aborto, mas uma decisão de última hora faz com que mude de ideias, decidindo-se pela adopção. Com a ajuda da sua melhor amiga, Leah (Olivia Thirlby), Juno procura nos classificados de um jornal pais adoptivos que lhe pareçam ideais. Juntamente com o seu pai, Mac (J.K. Simmons), visita os possíveis pais adoptivos da criança, Mark e Vanessa Loring (Jason Bateman e Jennifer Garner). Com o passar do tempo, Mark e Juno acabam por se tornar amigos com diversos interesses em comum. Complicações surgem, desde a sua vida na escola, passando pela sua vida familiar até sua vida amorosa...

Crítica:
“«Juno» é uma comédia em que salta à vista o argumento actualíssimo e a prestação de Ellen Page como adolescente que se vê a braços com uma gravidez indesejada. Entre o aborto e a adopção, a jovem decide doar o seu rebento a um casal cujos alicerces familiares estão presos por arames. É de facto uma história contemporânea em que se tenta por um lado, retractar os dramas da adolescência e por outro de celebrar a vida em detrimento do aborto cada vez mais banalizado nos dias que correm. É através dessa teia de costumes que Jason Reitman nos convence de que estamos aqui e agora, no presente. A gíria, os omnipresentes telemóveis, o guarda-roupa, a instituição de abortos, etc., servem para nos situarmos numa acção em que nos sentimos tocados pela proximidade e familiaridade das coisas, mesmo que a história de «Juno» tenha lugar nos subúrbios americanos. Outro grande trunfo é a comédia low profile, que parece parca, mas está lá, requintada em pequenos detalhes e falas simples, que não promovendo gargalhadas histéricas, provocam sorrisos prolongados. «Juno» é, em suma, o recuperar das comédias inteligentes, para uma época em que as discussões educacionais e sociais parecem remetidas para a praça pública sem um mínimo de reflexão ou cuidado. «Juno» abomina a violência, a distância entre pais e filhos, coroando a vida como o bem mais precioso que nos foi dado. Um filme para ver, ver, ver e rever.”
(Paulo Figueiredo, Cinema PTGate)

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